II3- Deus Espírito Santo



O Espírito Santo, um em essência com o Pai e com o Filho, é pessoa divina.1 É o Espírito da verdade.2 Atuou na criação do mundo e inspirou os homens a escreverem as Sagradas Escrituras.3 Ele ilumina os homens e os capacita a compreenderem a verdade divina.4 No dia de Pentecostes, em cumprimento final da profecia e das promessas quanto à descida do Espírito Santo, ele se manifestou de maneira singular, quando os primeiros discípulos foram batizados no Espírito, passando a fazer parte do Corpo de Cristo que é a Igreja. Suas outras manifestações, constantes no livro Atos dos Apóstolos, confirmam a evidência de universalidade do dom do Espírito Santo a todos os que creem em Cristo.5 O recebimento do Espírito Santo sempre ocorre quando os pecadores se convertem a Jesus Cristo, que os integra, regenerados pelo Espírito, à igreja.6 Ele dá testemunho de Jesus Cristo e o glorifica.7 Convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo.8 Opera a regeneração do pecador perdido.9 Sela o crente para o dia da redenção final.10 Habita no crente.11 Guia-o em toda a verdade.12 Capacita-o a obedecer a vontade de Deus.13 Distribui dons aos filhos de Deus para a edificação do Corpo de Cristo e para o ministério da Igreja no mundo.14 Sua plenitude e seu fruto na vida do crente constituem condições para uma vida cristã vitoriosa e testemunhante.15

1 Gn 1.2; J23.13; Sl 51.11; 139.7-12; Is 61.1-3;  Lc 4.18,19 ; Jo 4.24; 14.16,17; 15.26; Hb 9.14; 1Jo 5.6,7; Mt 28.19
2 Jo 16.13; 14.17; 15.26
3 Gn 1.2; 2Tm 3.16; 2Pe 1.21
4 Lc 12.12; Jo 14.16,17,26; 1Co 2.10-14; Hb 9.8
5 Jl 2.28-32; At 1.5; 2.1-4;     24.29; At 2.41; 8.14-17; 10.44-47; 19.5-7; 1Co 12.12-15
6 At 2.38,39; 1Co 12.12-15
7 Jo 14.16,17; 16.13,14
8 Jo 16.8-11
9 Jo 3.5; Rm 8.9-11
10 Ef 4.30
11 Rm 8.9-11
12 Jo 16.13
13 Ef 5.16-25
14 1Co 12.7,11; Ef 4.11-13
15 Ef 5.18-21; Gl 5.22,23; At 1.8
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CREDO APOSTÓLICO - Sec. VI dC
Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra.
Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.
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CREDO NICENO - 325dC., 451dC., 589dC.
Creio em um Deus, Pai Todo-poderoso, Criador do céu e da terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, de uma só substância com o Pai; pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne pelo Espírito Santo da Virgem Maria, e foi feito homem; e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos. Ele padeceu e foi sepultado; e no terceiro dia ressuscitou conforme as Escrituras; e subiu ao céu e assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu reino não terá fim. E no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai e do Filho, que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou através dos profetas. Creio na Igreja una, universal e apostólica, reconheço um só batismo para remissão dos pecados; e aguardo a ressurreição dos mortos e da vida do mundo vindouro.
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CREDO DE ATANÁSIO - 360 dC., Sec.IV, V, VI, VIII
  1. Todo aquele que quiser ser salvo, é necessário acima de tudo, que sustente a fé universal.
  2. A qual, a menos que cada um preserve perfeita e inviolável, certamente perecerá para sempre.
  3. Mas a fé universal é esta, que adoremos um único Deus em Trindade, e a Trindade em unidade.
  4. Não confundindo as pessoas, nem dividindo a substância.
  5. Porque a pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra.
  6. Mas no Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma mesma divindade, igual em glória e co-eterna majestade.
  7. O que o Pai é, o mesmo é o Filho, e o Espírito Santo.
  8. O Pai é não criado, o Filho é não criado, o Espírito Santo é não criado.
  9. O Pai é ilimitado, o Filho é ilimitado, o Espírito Santo é ilimitado.
  10. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno.
  11. Contudo, não há três eternos, mas um eterno.
  12. Portanto não há três (seres) não criados, nem três ilimitados, mas um não criado e um ilimitado.
  13. Do mesmo modo, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente.
  14. Contudo, não há três onipotentes, mas um só onipotente.
  15. Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus.
  16. Contudo, não há três Deuses, mas um só Deus.
  17. Portanto o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, e o Espírito Santo é Senhor.
  18. Contudo, não há três Senhores, mas um só Senhor.
  19. Porque, assim como compelidos pela verdade cristã a confessar cada pessoa separadamente como Deus e Senhor; assim também somos proibidos pela religião universal de dizer que há três Deuses ou Senhores.
  20. O Pai não foi feito de ninguém, nem criado, nem gerado.
  21. O Filho procede do Pai somente, nem feito, nem criado, mas gerado.
  22. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, não feito, nem criado, nem gerado, mas procedente.
  23. Portanto, há um só Pai, não três Pais, um Filho, não três Filhos, um Espírito Santo, não três Espíritos Santos.
  24. E nessa Trindade nenhum é primeiro ou último, nenhum é maior ou menor.
  25. Mas todas as três pessoas co-eternas são co-iguais entre si; de modo que em tudo o que foi dito acima, tanto a unidade em trindade, como a trindade em unidade deve ser cultuada.
  26. Logo, todo aquele que quiser ser salvo deve pensar desse modo com relação à Trindade.
  27. Mas também é necessário para a salvação eterna, que se creia fielmente na encarnação do nosso Senhor Jesus Cristo.
  28. É, portanto, fé verdadeira, que creiamos e confessemos que nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é tanto Deus como homem.
  29. Ele é Deus eternamente gerado da substância do Pai; homem nascido no tempo da substância da sua mãe.
  30. Perfeito Deus, perfeito homem, subsistindo de uma alma racional e carne humana.
  31. Igual ao Pai com relação à sua divindade, menor do que o Pai com relação à sua humanidade.
  32. O qual, embora seja Deus e homem, não é dois, mas um só Cristo.
  33. Mas um, não pela conversão da sua divindade em carne, mas por sua divindade haver assumido sua humanidade.
  34. Um, não, de modo algum, pela confusão de substância, mas pela unidade de pessoa.
  35. Pois assim como uma alma racional e carne constituem um só homem, assim Deus e homem constituem um só Cristo.
  36. O qual sofreu por nossa salvação, desceu ao Hades, ressuscitou dos mortos ao terceiro dia.
  37. Ascendeu ao céu, sentou à direita de Deus Pai onipotente, de onde virá para julgar os vivos e os mortos.
  38. Em cuja vinda, todos os homens ressuscitarão com seus corpos, e prestarão conta de suas obras.
  39. E aqueles que houverem feito o bem irão para a vida eterna; aqueles que houverem feito o mal, para o fogo eterno.
  40. Esta é a fé Universal, a qual a não ser que um homem creia firmemente nela, não pode ser salvo
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CONFISSÃO DE FÉ WALDENSE - 1120 dC.
  1. Cremos e mantemos firmemente tudo o que está contido nos doze artigos do símbolo comumente chamado de Credo Apostólico, e consideramos herética qualquer inconsistência com eles.
  2. Cremos que há um só Deus - o Pai, Filho e Espírito Santo.
  3. Reconhecemos como Escrituras Sagradas e canônicas os livros da Bíblia Sagrada.
  4. Os livros acima mencionados nos ensinam: que há um DEUS, todo-poderoso, ilimitado em sabedoria, infinito em bondade, e que, em Sua bondade, fez todas as coisas. Porque Ele criou Adão à Sua própria imagem e semelhança. No entanto, por causa da inimizade do diabo e sua própria desobediência, Adão caiu, o pecado entrou no mundo, e nos tornamos transgressores em e por Adão.
  5. Cremos que Cristo havia sido prometido aos pais que receberam a lei, a fim de que, conhecendo seu pecado pela lei, e sua injustiça e insuficiência, pudessem desejar a vinda de Cristo para realizar a satisfação por seus pecados, e cumprir a Lei por Ele mesmo.
  6. Cremos que no tempo determinado pelo Pai, Cristo nasceu - em um tempo em que abundava a iniqüidade, para manifestar que não era devido à nossa bondade, porque éramos pecadores, mas para que Ele, que é verdadeiro pudesse mostrar Sua graça e misericórdia a nós.
  7. Que Cristo é nossa vida, verdade, paz e justiça - nosso pastor e advogado, nosso sacrifício e sacerdote, quem morreu pela salvação de todo aquele que crê, e que ressuscitou para a justificação deles.
  8. E também cremos firmemente que não há outro mediador, ou advogado para com Deus o Pai senão Jesus Cristo. Com respeito à Virgem Maria, ela era santa, humilde e plena de graça; e isto também cremos com relação a todos os outros santos, que estão esperando no céu a ressurreição de seus corpos no dia do juízo.
  9. Cremos também que, depois desta vida, existem apenas dois lugares - um para os que são salvos e outro para os condenados, os quais chamamos paraíso e inferno, respectivamente. Negamos por completo o purgatório imaginário do Anticristo, inventado para se opor à verdade.
  10. Ademais, sempre temos considerado todas as invenções [em matéria de religião] como uma abominação indizível diante de Deus; citamos os dias festivos e vigílias dos santos, a chamada "água benta", o abster-se de carnes em certos dias e outras coisas parecidas; porém, sobre tudo isso, citamos as missas.
  11. Mantemo-nos contra todas as invenções humanas, como procedentes do Anticristo, as quais produzem angústia e são prejudiciais para a liberdade da mente. [Provavelmente aqui temos uma alusão às penitências e práticas ascéticas - nota da versão espanhola]
  12. Consideramos os Sacramentos como sinais das coisas santas ou como emblemas das bênçãos invisíveis. Cremos que justo e também necessário que os crentes se utilizem desses símbolos ou formas, quando possível. No entanto, sustentamos que os crentes podem ser salvos sem esses sinais, quando não dispõem do lugar ou da oportunidade de observá-los.
  13. Não aprovamos outros sacramentos [como instrução divina], à parte do Batismo e da Ceia do Senhor.
  14. Honramos os poderes seculares, com sujeição, obediência, prontidão e impostos.
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O CREDO DE LUTERO - 1530 dC.
Creio em Deus, que criou a mim e a todas as criaturas, que me deu e que sustenta meu corpo com todos os seus membros e meu espírito com todas as suas faculdades; que me provê abundantemente alimento diário, vestimenta, habitação e tudo o que é necessário para a vida. Que me ampara contra todo perigo e me protege e guarda de todo o mal; e tudo isso o faz sem qualquer mérito ou dignidade de minha parte, mas por sua pura bondade e sua divina misericórdia. E isto é, com toda certeza, a verdade.



Creio em Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é meu Senhor. Que remiu a mim, perdido e condenado, libertando-me do pecado, da morte e do poder do maligno, não com ouro ou prata, mas com seu sangue e com seu sofrimento e pela sua morte inocente, para que lhe pertença para sempre e viva uma vida nova com Ele mesmo, que ressuscitado dentre os mortos, vive e reina eternamente. E isto é, com toda certeza, a verdade.


Creio que o Espírito Santo me chama pelo Evangelho, me ilumina com seus dons, me santifica, me mantém na verdadeira fé e na Igreja que Ele congrega de dia em dia. É Ele também quem perdoa plenamente meus pecados, assim como aos de todos os que crêem. É Ele quem, no ultimo dia, me ressuscitará dentre os mortos e me dará, com todos os fiéis em Cristo, a vida eterna. E isto é, com toda certeza, a verdade.
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CONFISSÃO DE FÉ VALDENSE - 1544 dC.
  1. Cremos que há somente um Deus, que é Espírito - o Criador de todas as coisas - o Pai de todos, que está acima de tudo, e em tudo, e em todos nós; que deve ser cultuado em espírito e em verdade - de quem nós somos continuamente dependentes, e a quem damos louvor por nossa vida, alimento, vestuário, saúde, doença, prosperidade, e adversidade. Nós o amamos como a fonte de toda a bondade; e o reverenciamos como ser sublime, que sonda os rins e prova os corações dos filhos dos homens.
  2. Cremos que Jesus Cristo é o Filho e imagem do Pai - que Nele habita toda a plenitude da divindade, e que somente por Ele conhecemos o Pai. Ele é nosso mediador e advogado; não há nenhum outro nome debaixo do céu pelo qual devamos ser salvos. Somente em Seu nome rogamos ao Pai, não usando nenhuma outra súplica além daquelas contidas nas Sagradas Escrituras, ou tais que estejam substancialmente de acordo com Elas.
  3. Cremos no Espírito Santo como o Consolador, procedente do Pai e do Filho; pela inspiração de quem somos ensinados a orar; sendo por Ele renovados no espírito de nossas mentes; que nos recria em boas obras, e de quem recebemos o conhecimento da verdade.
  4. Cremos que há uma só santa igreja, incluindo toda a assembléia dos eleitos e fiéis, que têm existido desde o início do mundo, ou que irão existir até o seu final. O Senhor Jesus Cristo é o cabeça desta igreja - ela é governada por Sua palavra e guiada pelo Espírito Santo. É benéfico a todos os Cristãos que tenham comunhão na igreja. Por ela Ele [Cristo] intercede incessantemente, e Sua oração por ela é mais aceitável a Deus, sem o que em verdade não poderia haver salvação.
  5. Sustentamos que os ministros da igreja devem ser irrepreensíveis tanto na vida quanto na doutrina; e se encontrados diferentemente, [sustentamos] que devem ser destituídos em seu ofício, e outros devem tomar seu lugar; [sustentamos] que nenhuma pessoa deve conjeturar tomar esta honra sobre si mesmo, mas somente aquele que é chamado por Deus como foi Arão - [sustentamos] que os deveres destes tais são alimentar o rebanho de Deus, não pelo desejo de imundo lucro, ou como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas como sendo exemplos para o rebanho, em palavra, em conversação, em caridade, em fé, e em castidade.
  6. Reconhecemos que reis, príncipes, e governadores, são designados e estabelecidos como ministros de Deus, aos quais somos compelidos a obedecer [em todas as questões legais e civis]. Porque trazem a espada para defesa do inocente, e a punição dos agentes do mal; por esta razão somos compelidos a lhes honrar e pagar tributo. Deste poder e autoridade, nenhum homem pode se isentar uma vez que é manifesto o exemplo do Senhor Jesus Cristo, que voluntariamente pagou tributo, nunca tomando sobre si mesmo qualquer jurisdição de poder temporal.
  7. Cremos que a ordenança do batismo em água é o sinal visível e externo, que representa aquilo que, pela virtude da operação invisível de Deus, está em nosso interior - a saber, a renovação de nossas mentes, e a mortificação de nossos membros através [da fé em] Jesus Cristo. E por esta ordenança somos recebidos na santa congregação do povo de Deus, previamente professando e declarando nossa fé e mudança de vida.
  8. Sustentamos que a Ceia do Senhor é uma comemoração dos (e ação de graças pelos) benefícios que temos recebido por Seus sofrimentos e morte - e que é para ser recebida em fé e amor - examinando-nos a nós mesmos, para que possamos comer daquele pão e beber daquele cálice, como está escrito nas Sagradas Escrituras.
  9. Mantemos que o casamento foi instituído por Deus. Que é santo e honrado, e não deve ser proibido a ninguém, contanto que não haja nenhum obstáculo proveniente da divina palavra.
  10. Afirmamos que todos aqueles em quem habita o temor de Deus, serão por meio deste [temor] levados a agradá-lo, e a abundar nas boas obras [do evangelho] as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas - que são amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, gentileza sobriedade, e as outras boas obras impostas nas Sagradas Escrituras.
  11. Por outro lado, confessamos que consideramos ser nosso dever nos guardarmos dos falsos mestres, cujo objetivo é desviar as mentes dos homens da verdadeira adoração a Deus, e levá-los a colocar sua confiança na criatura, bem como se desviar das boas obras do evangelho, e considerar as astúcias dos homens.
  12. Tomamos o Velho e o Novo Testamento como regra para nossa vida, e estamos de acordo com a confissão geral de fé contida no [que é usualmente chamado de] Credo Apostólico.
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CONFISSÃO DE FÉ DA GUANABARA - 1558 dC.
I. Cremos em um só Deus, imortal, invisível, criador do céu e da terra, e de todas as coisas, tanto visíveis como invisíveis, o qual é distinto em três pessoas: o Pai, o Filho e o Santo Espírito, que não constituem senão uma mesma substância em essência eterna e uma mesma vontade; o Pai, fonte e começo de todo o bem; o Filho, eternamente gerado do Pai, o qual, cumprida a plenitude do tempo, se manifestou em carne ao mundo, sendo concebido do Santo Espírito, nasceu da virgem Maria, feito sob a lei para resgatar os que sob ela estavam, a fim de que recebêssemos a adoção de próprios filhos; o Santo Espírito, procedente do Pai e do Filho, mestre de toda a verdade, falando pela boca dos profetas, sugerindo as coisas que foram ditas por nosso Senhor Jesus Cristo aos apóstolos. Este é o único Consolador em aflição, dando constância e perseverança em todo bem.
III. Cremos, quanto ao Filho de Deus e ao Santo Espírito, o que a Palavra de Deus e a doutrina apostólica, e o símbolo,4 nos ensinam.
XII. Quanto à imposição das mãos, essa serviu em seu tempo, e não há necessidade de conservá-la agora, porque pela imposição das mãos não se pode dar o Santo Espírito, porquanto isto só a Deus pertence.
No tocante à ordem eclesiástica, cremos no que S. Paulo dela escreveu na primeira epístola a Timóteo, e em outros lugares.
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CONFISSÃO DE FÉ ESCOCESA - 1560 dC.
12º CAPÍTULO... A Fé no Espírito Santo... Esta fé e a sua certeza não procedem da carne e do sangue, isto é, de uma faculdade natural que há em nós, mas são a inspiração do Espírito Santo,1 que nós confessamos ser Deus, igual com o Pai e com seu Filho,2 que nos santifica e nos conduz em toda verdade pela sua operação, sem o qual permaneceríamos para sempre inimigos de Deus e ignorantes de seu Filho, Jesus Cristo. Porque por natureza somos mortos, cegos e perversos, de maneira que nem sequer sentimos quando somos aguilhoados, nem vemos a luz quando brilha, nem podemos assentir à vontade de Deus quando ela se revela, se o Espírito de nosso Senhor não vivificar o que está morto, não remover as trevas de nossas mentes e não dobrar a rebelião dos nossos corações à obediência da sua bendita vontade.3 Dessa forma, assim como confessamos que Deus o Pai nos criou quando ainda não existíamos,4 assim como o seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, nos redimiu quando éramos seus inimigos,5 assim também confessamos que o Espírito Santo nos santificou e regenerou, sem qualquer respeito a qualquer mérito nosso - seja anterior seja posterior à nossa regeneração.6 Para deixar isto ainda mais claro: como de boa vontade renunciamos a qualquer honra e glória pela nossa própria criação e redenção,7 assim também o fazemos pela nossa regeneração e santificação, pois por nós mesmos nada de bom somos capazes de pensar, mas só aquele que em nós começou a obra nos faz continuar nela,8 para o louvor e glória de sua graça imerecida.9
1. Mt 16:17; Jo 14:26; 15:26; 16:13.
2. At 5:3-4.
3. Cl 2:13; Ef 2:1; Jo 9:39; Ap 3:17; Mt 17:17; Mc 9:19; Lc 9:41; Jo 6:63; Mq 7:8; 1Rs 8:57-58.
4. Sl 100:3.
5. Rm 5:10.
6. Jo 3:5; Tt 3:5; Rm 5:8.
7. Fp 3:7.
8. Fp 1:6; 2 Co 3:5.
9. Ef 1:6.